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A poluição atmosférica é caracterizada como qualquer forma de matéria, seja um agente químico, físico ou biológico, que possa tornar o ar impróprio ou nocivo ao meio ambiente, à saúde, à segurança e ao bem-estar público. Portanto, os poluentes podem ser tanto de origem antrópica como de processos naturais. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (2018), estima-se que aproximadamente sete milhões de pessoas percam a vida anualmente devido à exposição a partículas finas presentes no ar poluído.
A poluição não se limita ao ambiente externo; o ar interior, conhecido como ar doméstico, também desempenha um papel significativo na qualidade do ar que respiramos. Um exemplo dessa questão é a utilização de fogueiras e fogões alimentados a querosene, que, quando apresentam vazamentos, introduzem substâncias poluentes prejudiciais no ar.
Diversos fatores podem influenciar na qualidade do ar, incluindo aspectos meteorológicos, climáticos e sazonais. Eles não apenas influenciam na qualidade do ar como, também, podem intensificar a incidência de doenças respiratórias na população, devido a queda na temperatura, ocorrência de inversão térmica, aumento dos focos de queimadas, entre outros.
O impacto desses poluentes na saúde humana afetam principalmente os sistemas respiratório, circulatório e olfativo. Conforme a WORLD HEALTH ORGANIZATION (2006), dentre os diversos poluentes atmosféricos que contribuem para uma série de problemas de saúde, podemos citar o monóxido de carbono que pode provocar dificuldades respiratórias e asfixia. Além disso, as partículas inaláveis grossas, finas e ultrafinas estão associadas a problemas respiratórios, cardiovasculares e câncer de pulmão, enquanto o ozônio pode causar irritação nos olhos e no sistema respiratório.
Além das implicações na saúde humana, a poluição atmosférica também tem impactos significativos na produção de alimentos, o que, por sua vez, pode resultar em instabilidade econômica. Isso ocorre devido à capacidade da poluição de afetar o clima, contribuindo para fenômenos como a inversão térmica, ocorrências de queimadas, alterações nos padrões de chuvas e secas.
Dados de poluição do ar encontrados no portal da Organização Mundial da Saúde (OMS) são alarmantes. Cerca de 99% da população global reside em áreas onde os níveis de poluição atmosférica ultrapassam os limites estabelecidos pelas diretrizes da OMS. Além disso, aproximadamente 6,7 milhões de pessoas perdem a vida a cada ano devido à exposição a ambientes com ar poluído, tanto ao ar externo (ar ambiente) quanto ao ar interno (ambiente domiciliar). Essas estatísticas destacam a importância de abordar a poluição do ar como um grave problema de saúde pública em escala global.
Como diminuir o impacto da poluição atmosférica?
As medidas para diminuir esses impactos estão associadas a construção de políticas públicas e elaboração de normas que regulamentem e cobrem das empresas medidas estratégicas e relevantes para diminuir a emissão de poluentes.
Algumas ferramentas que devem ser utilizadas para minimizar esses impactos são o monitoramento da qualidade do ar e o desenvolvimento de inventários de emissões. Já no dia a dia, pode-se preferir a utilização de transportes que utilizem motores mais limpos e eficientes, buscando um consumo mais sustentável.
A poluição do ar representa um sério risco para a saúde, afetando pessoas em países de diversas faixas de renda. Para abordar eficazmente essa questão, é essencial implementar políticas regulatórias em setores como energia, transporte, gestão de resíduos sólidos e agricultura, a fim de controlar e mitigar as emissões de poluentes.
É essencial examinar criticamente os problemas ambientais e incorporar práticas sustentáveis em nossa rotina para aprimorar a qualidade do ar e, por extensão, a qualidade de vida. Um ponto de partida é analisar como suas ações ou de sua empresa afetam diretamente a natureza.
Bibliografia:
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Saúde Ambiental, do Trabalhador e Vigilância das Emergências em Saúde Pública. Poluição atmosférica na ótica do Sistema Único de Saúde : vigilância em saúde ambiental e qualidade do ar [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Saúde Ambiental, do Trabalhador e Vigilância das Emergências em Saúde Pública. – Brasília : Ministério da Saúde, 2021. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/poluicao_atmosferica_SUS_saude_ambiental.pdf. Acesso em 12 de junho de 2023.
REDAÇÃO NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL. Como o ar poluído afeta a saúde humana: este tipo de contaminação é um dos maiores riscos ambientais que existe para a saúde. De que maneira impacta respirar ar poluído?. National Geographic. 2023. Disponível em: https://www.nationalgeographicbrasil.com/meio-ambiente/2023/01/como-o-ar-poluido-afeta-a-saude-humana. Acesso em 12 de junho de 2023.
Nove em cada dez pessoas em todo o mundo respiram ar poluído. OPAS/OMS. 2018. Disponível em: https://www.paho.org/pt/noticias/1-5-2018-nove-em-cada-dez-pessoas-em-todo-mundo-respiram-ar-poluido. Acesso em 12 de junho de 2023.
Air Pollution Data Portal. World Health Organization (WHO). Disponível em: https://www.who.int/data/gho/data/themes/air-pollution. Acesso em 12 de junho de 2023.
Air pollution. World Health Organization (WHO). Disponível em: https://www.who.int/health-topics/air-pollution#tab=tab_1. Acesso em 12 de junho de 2023.
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