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Os impactos aos recursos naturais decorrente das atividades humanas e industriais se intensificaram com a Revolução Industrial e, apesar da atual preocupação ambiental, ainda são alarmantes os índices de poluição hídrica, atmosférica e no solo. Embora muito se fale em aquecimento global, enchentes, qualidade da água e ar, ainda observa-se certo grau de alienação e omissão de parte da população e indústrias quanto às consequências dos danos ambientais na sociedade. Neste sentido, está sendo cada vez mais requerida e almejada a valoração econômica ambiental como forma de colocar em unidade monetária todas as devastações causadas ao meio ambiente, auxiliando nas tomadas de decisão e gestão ambiental.
Valoração significa atribuir valor a algo. Neste sentido, Valoração Ambiental refere-se a determinar valor econômico ou monetário a algum recurso ambiental, comparando-o com outros bens e serviços disponíveis no mercado. Logo, é possível cobrar pelos custos da degradação ecológica, gerando uma forma de “compensação” pelos danos causados. Porém, atribuir valor de mercado aos recursos ambientais é complexo uma vez que é impossível dizer com precisão os efeitos da poluição no ambiente causados por uma certa atividade desde a retirada da matéria prima até a produto final. Logo, as metodologias de valoração ambiental permitem uma estimativa destes custos e ganhos, sendo que cada uma apresenta vantagens e desvantagens inerentes ao método.
Dentre os recursos existentes, destaca-se a Análise Emergética (ou Metodologia de Emergia) que considera toda a energia potencial gasta, direta e indiretamente, na produção de um produto ou serviço, seja natural ou antrópico. Sendo assim, a valoração ambiental com uso dessa metodologia permite avaliar os custos da natureza, como produtora de bens e serviços, hierarquizando toda energia universal envolvida nesses processos. Assim, considera-se não apenas a energia gasta para produzir os produtos do empreendimento, mas também toda a energia consumida no ecossistema desde a produção dos recursos necessários até a energia de geração de produtos e seus impactos decorrentes.
Todos os fluxos de energia (uso, transferência, transformação e armazenamento), materiais e informação que ocorrem em um sistema são quantificados e convertidos em unidades de energia solar incorporada na medida em que passam de um estado (ex.: ferro gusa) para outro (ex.: aço). Para isso, iniciamos a avaliação com a construção de diagramas (exemplo na figura 1) como forma de organizar as relações entre componentes do sistema em estudo. Os fluxos de energia e as trocas energéticas são representados por linhas denominadas “caminhos”. Dos diagramas são geradas tabelas de avaliação emergética envolvendo cálculos de vários índices emergéticos que relacionam os fluxos totais de energia pelo poder econômico, sendo possível medir quanto de dinheiro está envolvido no processo em estudo.
Fig.1 : Diagrama para Valoração Ambiental por Metodologia Emergética de Destilaria de álcool convencional
Fonte: ORTEGA, BACIC (2009)
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Referências
COMAR, Vito. VALORAÇÃO AMBIENTAL PELA METODOLOGIA EMERGÉTICA Subsídios às Políticas Públicas no Brasil. Editora UFGD. 2017
ORTEGA, E.; BACIC, M (2009): USO DA METODOLOGIA EMERGETICA NA ANALISE DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO E CONSUMO. Viii Encontro Soc. Bras. Economia Ecológica – ECOECO. Cuiabá, Mato Grosso
MOTTA, RONALDO SEROA DA. MANUAL PARA VALORAÇÃO ECONÔMICA DE RECURSOS AMBIENTAIS. IPEA/MMA/PNUD/CNPq. Rio de Janeiro, 1997
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